AUTOMOTIVO EM 2023?
Os anos de 2020 e 2021 foram desafiadores para o setor automotivo brasileiro. As medidas de distanciamento social paralisaram as fábricas e o comércio por um tempo. O impacto global da pandemia gerou uma quebra na cadeia global de suprimentos, levando à falta de matérias-primas como chips e semicondutores, fazendo com que muitas linhas de produção de montadoras tivessem que ser paralisadas.
Para somar a tudo que estava acontecendo no setor, a Ford saiu do Brasil fechando todas as suas fábricas.
Apesar do cenário atual, em 2023 há grande esperança de que o setor possa retomar o fôlego e voltar à ativa aos poucos. Confira alguns dos acontecimentos esperados para o próximo ano:
- Novos veículos nas concessionárias, sem necessidade de espera da produção por falta de suprimento;
- Continuidade na demanda de carros usados;
- Maior quantidade de container para transportar suprimentos
- Continuo aumento das vendas de SUV no Brasil, sendo considerado a paixão nacional.
- Estabilização nos preços dos, principalmente devido ao aumento da oferta de carros novos;
- Extinção da fabricação de carros populares e substituição por carros considerados “modelos de entrada” com valores mais elevados. De acordo com a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), no início dos anos 2000, os carros populares representavam 46% do mercado. Mas agora representam apenas 12%. Um dos principais motivos é que os preços dos carros populares, ou de entrada de linha, estão muito próximos dos modelos imediatamente superiores. Só para termos uma ideia, em 2021, saíram de linha o Ford Ka, o Volkswagen up!, Toyota Etios e Citroën C3.
- Outra tendência do mercado é o aumento da demanda por carros elétricos, principalmente com tecnologia híbrida. De acordo com os dados fornecidos pela Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE), entre fevereiro de 2022 e 2021 foram emplacados 3.435 carros elétricos e híbridos, marcando um incremento de 147% no período.
Apesar de ainda estarmos em constantes mudanças e dúvidas, há uma forte vontade das montadoras para que o setor estabilize e a rotatividade de novos e seminovos seja equivalente e normalizada.